24 de outubro de 2007

Peregrino de Jerusalém



"Peregrino sem dinheiro para comer"



O peregrino que iniciou no dia 3 deste mês, em Braga, uma viagem a Jerusalém solicita o apoio dos portugueses, reconhecendo que quase não tem dinheiro para comer.


Patrícia Sousa

Há 20 dias, Amaro Franco iniciou em Braga a sua peregrinação aos três maiores santuários da cristandade (Santiago de Compostela, Vaticano e Jerusalém). Sabia que ia ser difícil, mas nunca pensou que passado um mês já estaria quase sem dinheiro para comer. Por isso, lança o apelo aos portugueses para o ajudarem.
“Urge que Portugal adopte o ‘Peregrino de Jerusalém’ e apoie esta extraordinária e fascinante peregrinação, que é a de todos os portugueses, de todos os cristãos, de todos os homens de boa vontade a quem importa a paz”, adianta o peregrino em comunicado.

Amaro Franco já chegou a Lugo, na Galiza, devendo atingir Oviedo, nas Astúrias, Espanha, nos próximos dias. “Esta longa peregrinação (cerca de 10 meses a caminhar) envolve gastos avultados”, acentuam os seus serviços de apoio, frisando que actualmente Amaro Franco apenas tem garantida a sua “subsistência diária e com grandes sacrifícios”. Pior. “Por falta de meios, ainda não tem um seguro nem está devidamente equipado para os oito mil quilómetros que o esperam até Jerusalém”.

Além disso, Amaro Franco “está a caminhar com uns velhos ténis, dado que as suas botas de trecking foram entregues a um dos patrocinadores para estudo e feitura de um novo modelo apropriado, tendo ficado sem elas”.
Ainda no comunicado é recordado que “há pelos menos dois séculos que nenhum português realiza esta extraordinária peregrinação, a pé, a Jerusalém”, lamentando que “as empresas portuguesas tenham decidido não colaborar com o projecto ‘Living Lab - A inovação e tecnologia portuguesa de Braga a Jerusalém, a pé”.

Amaro Franco atingiu a 13 de Outubro o túmulo do Apóstolo São Tiago Maior, em Compostela, Galiza, cumprindo a sua primeira etapa da peregrinação.
Chegou a Lugo no dia 18 de Outubro, percorrendo, nos últimos 20 quilómetros, a Via Romana XIX que ligava Braga, (Bracara Augusta), a Lugo (Lucus, passando por Iria Flávia).
“Até hoje, Amaro Franco já percorreu mais de 300 quilómetros por diversos itinerários do Caminho de Santiago”, sublinhou, ainda, a mesma fonte.

Apesar da falta de apoios, Amaro Franco “decidiu não abortar ou adiar a sua peregrinação”. Apesar disso, “e para além de enfrentar as actuais difíceis condições orográficas do itinerário por que segue (em sentido contrário ao da sinalização do Caminho, o que acresce a dificuldade), está perante um desafio para além das suas forças”. “Vou caminhando e assalta-me a ideia avassaladora que enfrento diversos problemas. Já não são apenas os 8 mil quilómetros que me separam de Jerusalém. São os vistos que (ainda) não tenho no meu passaporte. Necessito deles para a Bulgária, a Turquia, a Síria, o Líbano e para a Jordânia”, pode ler-se, ainda, no diário de viagem no site do peregrino.
E acrescentou: “Desenvolvi inúmeros contactos nos últimos meses afim de que pudesse ter estes vistos. Apenas não contactei com a embaixada da Jordânia, já que nem em sonhos calculava ter que passar por este país”.

Ajude o peregrino bracarense a chegar a Jerusalém

Amaro Franco já iniciou a peregrinação à Terra Santa. Infelizmente, os apoios prometidos não se concretizaram. Amaro Franco depende agora da boa vontade e generosidade de todos.
O apelo lançado aos portugueses ‘Ajude o Peregrino de Jerusalém’ também não teve grande eco na sociedade. Os donativos até hoje recebidos não ultrapassam os 500 euros, os quais - em grande parte - foram entregues antes da partida (e antes de ter sido lançado o apelo).
“Para esta longa peregrinação Amaro Franco tinha a promessa do apoio de várias empresas portuguesas que - infelizmente - 48 horas antes da partida cancelaram o seu patrocínio, colocando em risco este projecto”, adianta, ainda, a mesma fonte.
Por isso, lança mais uma vez o apelo e divulga o número da conta onde espera receber donativos.

NIB: 00350 721 0001 871 830 030

Notícia integralmente retirada do site do Correio do Minho, a quem desde já pedimos desculpa pelo facto. O objectivo não foi plagiar o vosso trabalho, mas sim encaminhá-lo a novas "audiências", dado tratar-se de um assunto tão subtil.

Esta notícia surgiu ontem nos mais diversos meios de comunicação a nível nacional, nomeadamente a Agência Lusa, semanários Expresso e Sol.

Independentemente da fé de cada um de nós, este homem movido sabe-se lá por quê ou por "Quem", propõe-se realizar um feito notável e louvável. É algo que não está ao alcance de qualquer um de nós. Mas é algo que um nosso amigo, um nosso conterrâneo e compatriota se propôs realizar.

Sempre que um português atinge algo maior, um sentimento de orgulho enche o nosso peito, por isso se de alguma forma pudermos ajudar este Peregrino, estaremos a fazer da sua peregrinação a nossa peregrinação também.

Por falar em orgulho foi com orgulho que fiquei quando ontem abri o jornal, e deparei com a foto do Amaro onde este ostenta orgulhosamente o boné que lhe foi oferecido aquando da sua passagem pela nossa Sede, no primeiro dia desta sua aventura.

Também leva consigo o carimbo do CCCP, nas suas credenciais que o acompanharão até ao fim da sua viagem...

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