Organização: | Velha-a-Branca - Estaleiro Cultural |
Local: | Velha-a-Branca - Estaleiro Cultural Largo Senhora a Branca - Braga |
Data: 8 de Novembro (Quinta-Feira)
Horário: 22:00 horas
Horário: 22:00 horas
As Conversas no Tanque realizam-se às Quintas-Feiras no tanque da Velha-a-Branca num ambiente informal e de café. Moderada pelos jornalistas Laura Machado ou Nuno Passos, cada conversa anda à volta de um livro ou de um disco escolhido pelo convidado de cada sessão. A primeira conversa realizou-se ainda antes da abertura da Velha em Julho de 2004 com Arlindo Fagundes, ceramista, e desde então já mais de 100 convidados das mais diversas áreas passaram pelo tanque.
No dia 8 de Novembro de 2007 a conversa é com com Pedro Abrunhosa, músico.
No dia 8 de Novembro de 2007 a conversa é com com Pedro Abrunhosa, músico.
Pedro Abrunhosa nasceu no Porto a 20 de Dezembro de 1960. Aos 16 anos estudava Análise, Composição e História da Música com Álvaro Salazar e Jorge Peixinho, na Escola de Música do Porto. Depois, no Conservatório, estudou Composição com Cândido Lima, enquanto era convidado para integrar o Grupo de Música Contemporânea de Madrid. Entrou na música pela via erudita. E quando chegou ao jazz era um erudito a tocar jazz. Em 1984 foi para Madrid, aprender. Foram os anos do jazz. Participou em seminários internacionais, formou bandas, tocou em orquestras, realizou tournées. Colaborou com grandes figuras como Paul Motion, Bill Frisell, Joe Lovano, David Liebman, Billy Hart. Ensinou contrabaixo na escola do Hot Club de Lisboa, realizou e produziu o programa “Até Jazz”, no Rádio Clube do Porto. Fundou a Escola de Jazz do Porto e a “Cool Jazz Orchestra”, que viria a transformar-se em “Pedro Abrunhosa e a Máquina do Som”, que executava temas originais. A viagem seguinte foram os Bandemónio. E o álbum a que chamou “Viagens”, editado em 1994. Um disco de rock cheio de jazz e de vida. Pedro Abrunhosa sempre viajou. Pelos vários continentes da música, tal como pelo mundo, com uma Renault 4L em segunda mão ou à boleia, com uma mochila às costas. “Viagens” atingiu a tripla platina, com mais de 140 mil exemplares vendidos. Em 1995 lança o maxi-single “F” e em 1996 o álbum “Tempo”, que vendeu, numa semana, 80 mil exemplares. Atingiu a quádrupla platina, com vendas a ultrapassar os 180 mil. Em 1999 é lançado “Silêncio” e em 2002 “Momento”, respectivamente platina e dupla platina. O álbum triplo “Palco”, editado em 2003 e contendo gravações de concertos ao vivo, vendeu mais de 70 mil unidades, e “Intimidade”, DVD editado em 2005 e gravado ao vivo na inauguração da Casa da Música, atinge idêntico êxito. Nos últimos anos, Abrunhosa editou livros, realizou ciclos de conferências, trabalhou com músicos de vários géneros e geografias. Em Julho de 2007, Nelly Furtado incluiu “Tudo O Que Eu Te Dou” na sua playlist, destacando-a como uma das suas canções preferidas de sempre. Pedro Abrunhosa cantou em dueto com a luso-canadiana. Considera que a música não é neutra. É uma ideologia de fraternidade. Não se é músico sem o sentido de pertencer a uma família e sem se estar comprometido com o mundo. Para Abrunhosa, a música é uma viagem que não se faz sozinho, apesar de o ter levado aos limites da originalidade. A uma ilha exclusiva.
(Fonte: Velha-a-Branca)
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